Quando o encanto acaba: Mudando os rumos da carreira.

À primeira vista, quando falamos que o “encanto acabou”, logo pensamos em relacionamento a dois… no entanto, isso acontece também no ambiente de trabalho. 

Um belo dia você acorda e já “dá uma de horror” só em pensar que precisa encarar a rotina de mais um dia.

“Mas eu amo o que faço!” essa frase ecoa em sua mente. Será que ainda ama? Ou o que sente é uma enorme sensação de apego a tudo o que viveu de bom naquele lugar?

Aí sim podemos fazer uma comparação com relacionamentos. Muitas vezes o que sentimos é a chamada segurança que a zona de conforto nos traz.

E é ruim sentir isso?

Não é uma questão de ser bom ou ruim. Muitas pessoas são bem felizes em suas zonas de conforto e está tudo bem! O problema acontece quando essa zona de conforto nos impede de acordar bem. Quando a rotina se torna tão sufocante, a ponto de nos questionarmos sobre o nosso papel em tudo isso.

Por conta disso, invariavelmente, chega a hora de mudar. E que hora difícil, não é mesmo?

O medo de mudar

Primeiramente, precisamos ter consciência de que toda mudança traz junto o incômodo, e isso acontece porque mudar nos tira da tal zona de conforto que tanto nos traz segurança. Nos expõe a situações que desconhecemos como lidar, nos obriga a aprender, a desenvolver novas habilidades e a arriscar.

E quanto mais temos a perder, maior a nossa tendência a nos resguardar de “riscos”. Talvez seja por isso que a adolescência seja a fase do risco, onde partimos para o tudo ou nada, onde o medo quase inexiste em nossas mentes.

Uma vez tendo construído uma vida e uma carreira, mudanças bruscas nos levam a pensar se valeria ou não a pena.

E a resposta é muito pessoal. Mas algo que faz tudo ficar melhor é o planejamento.

Apesar de muitos fugirem desta palavrinha e do que ela traz consigo, é justamente ele – o planejamento – que nos faz ir mais longe sem corrermos muitos riscos.

É hora de planejar!

Quer mudar? Então, planeje-se! Prepare-se para isso!

Tire os sonhos da cabeça e coloque em um papel, transforme-os em planos. Com objetivos bem específicos e prazos, para que se tornem reais.

Se pensa em empreender, por exemplo, tendo hoje um salário de R$ 10 mil em CLT e não podendo abrir mão deste valor para o seu sustento, o que precisaria fazer?

Primeiramente, coloque aí como meta receber um valor de retorno que pague suas contas. Mas é bem difícil empreender e já começar a ter um retorno rápido. Certo?

Então planeje-se para que não precise retirar da sua nova empresa o sustento dos primeiros meses.

Veja aqui alguns passos que lhe ajudariam com isso:

1) Faça uma reserva de emergência

Isso mesmo. Calcule de forma bem clara quais são seus custos fixos e variáveis. Coloque tudo em uma planilha. Veja quais gastos podem ser cortados para acelerar sua chegada a esta importante etapa e siga firme.

2) Evite as tentações

Você precisará renunciar a algumas coisas por algum tempo. E esse tempo depende do seu esforço e de quão disciplinado consegue ser.

Portanto, evite procrastinas. Pense no seu objetivo maior e do quanto ele mudaria a sua vida para melhor. Entenda que este é um esforço necessário para conseguir algo muito melhor lá na frente.

3) Todos precisam estar cientes

Se outras pessoas dependem de você, ou mesmo que não dependam, mas que de certa forma sejam tocadas com a mudança, é muito importante que elas estejam cientes de seus planos.

Mais do que isso, que elas lhe ajudem a seguir quando pensar em fraquejar, porque haverá momentos mais fáceis e outros mais difíceis, e este apoio será primordial.

4) Propósito claro

E quando bater aquele desânimo, pense lá na frente, tenha um propósito claro.

Revise seus planos, tenha sempre noção do quanto já andou e do que ainda falta. E tudo bem sentir-se assim! Faz parte do caminho e depois servirá como uma bela história para contar.

Aqui não estou dizendo que tudo é muito fácil e rápido. Muito menos que a jornada estará cheia de flores. Mas posso afirmar que ninguém nasceu para ser menos do que feliz!

Então, observe seu dia!

Procure analisar se a hora de sair da cama e correr para o batente lhe traz alegria ou tristeza.

Mudar pode não ser fácil, mas não precisa ser o fim do mundo, não é mesmo?

Planejar ou preparar-se para a mudança, talvez seja o ingrediente que falta em sua decisão.

Pense nisso!

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